Blocos de Concreto
BLOCOS DE CONCRETO
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CONCEITO
A alvenaria de bloco de concreto é empregada em paredes com função estrutural ou mesmo como vedação em edifícios com estrutura de concreto armado. Substituem a alvenaria de tijolos que, por falta de matéria-prima, estão se tornando cada vez mais escassos. O bloco é feito com areia, pedrisco e cimento. É um sistema autoportante.
TIPOS/MODELOS
1. Bloco de concreto simples;
2. Bloco de concreto celular (mais leve).
MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA
A execução é igual a de tijolos cerâmicos:
1. Espalhar a massa obedecendo a demarcação, e assentar um tijolo em cada extremidade tomando como referência o escantilhão (escantilhão consiste em uma régua de madeira com o comprimento do pé-direito);
2. Estender uma linha pela aresta superior dos tijolos já assentados, do lado da futura face da parede, prendendo as pontas por baixo dos mesmos;
3. Complementar a primeira fiada com tijolos inteiros;
4. Iniciar a segunda fiada com meio tijolo;
5. Assentar a segunda fiada deixando um intervalo na parte central do painel;
6. Repetir sucessivamente a primeira e a segunda fiada, levantando prumadas, e aumentando sucessivamente o intervalo central (iniciado na segunda fiada);
7. Prosseguir até 12 fiadas nas extremidades, deixando na parte central assentada somente a primeira fiada;
8. Executadas as prumadas, voltar e completar a segunda fiada, obedecendo as demarcações e distorcendo os tijolos a fim de se obter um pano de parede perfeitamente plano, vertical e com fiadas em nível;
9. Prosseguir repetindo as fiadas até o respaldo;
10. Fazer o encunhamento com argamassa expansora;
11. Raspas e rebordas e fazer a limpeza.
CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO
1. Antes do assentamento o tijolo deve ser molhado, eliminando a camada de pó que envolve o tijolo e facilitando sua aderência e impede também a absorção pelo tijolo da umidade da argamassa;
2.Perfeito prumo na disposição das diversas fiadas;
3. Desencontro das juntas para que a amarração seja perfeita, evitando-se a soleira (sobreposição de juntas);
4. Nível das diversas fiadas;
5. A espessura das juntas deve ser de no máximo 1,5 cm;
6. Não cortar o tijolo para formar a espessura da parede;
7. Paredes que repousam sobre vigas contínuas devem ser levantadas simultaneamente, não tendo mais de 1 m de diferença de altura entre elas;
8. Vãos situados diretamente sobre o solo levarão vergas no caso de portas e vergas e contravergas no caso de janelas;
9. Para lajes de concreto armado apoiadas em alvenaria, deverá ser construída no respaldo, juntamente com a laje, uma cinta de concreto armado.
PROPRIEDADES
1. Vantagens no uso de blocos de concreto:
• O peso é menor que o da alvenaria de tijolo comum, trazendo como consequência economia no dimensionamento da estrutura e da fundação;
• Demandam menor tempo de assentamento, economizando mão-de-obra;
• Menor consumo de argamassa de assentamento;
• Melhor acabamento e uniformidade dos painéis.
2. Desvantagens no uso de blocos de concreto:
• Não permite corte para dividi-lo;
• Geralmente, nas espaletas e remates de vãos, são necessários tijolos comuns;
• Não permite o perfeito encunhamento nas faces inferiores das vigas e das lajes;
• Estragam-se muito nas aberturas de rasgos para embutimentos de canos e conduítes;
• Nos dias de chuva aparecem, nos painéis da alvenaria (externa), mesmo depois de revestidos, os desenhos dos blocos, isso se dá porque a absorção de umidade nos blocos é diferente da absorção da argamassa de assentamento;
• Dificuldade de assentamento de tacos de madeira para fixação de batentes e rodapés;
• São bimanuais.
3. Os blocos deverão ser armazenados cobertos, protegidos da chuva, em pilhas de até 1,5 m de altura e, de preferência, próximas ao local de transporte vertical ou de uso. No armazenamento em lajes, deve-se verificar sua capacidade de resistência para evitar a concentração das cargas em pontos localizados.
MATERIAIS UTILIZADOS
• Concreto (cimento, pedrisco, areia, água, aditivos);
• Bloco de concreto.
• ABNT NBR 6136 – Bloco Vazado de Concreto Simples para Alvenaria;
• LIBRELOTTO, Lisiane Ilha. Apostila de Tecnologia das Edificações II, Universidade Federal de Santa Catarina – Departamento de Arquitetura e Urbanismo. 2010. (Documento não publicado).