Retaludamento
RETALUDAMENTO
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Solução não estrutural e portanto, simples e de baixo custo. Aplicável para qualquer tipo de rocha ou solo e adaptável a todas as situações de esforços, sendo utilizado em larga escala para contenção de taludes que correm risco de deslizamento. É um processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente existentes em um determinado local para se conseguir uma estabilização do mesmo. O retaludamento é muito usado devido a sua simplicidade e eficácia. É associada a obras de controle de drenagem e proteção superficial, de modo a reduzir a infiltração de água no terreno e disciplinar seu escoamento, inibindo os processos erosivos.
- TIPOS/MODELOS
1. Corte com abrandamento da inclinação média do talude;
2. Corte com redução da altura do talude.
- MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA
1. Preparação da superfície de contato entre o talude original e o aterro de sustentação através da execução de degraus;
2. Execução de colchão drenante na área da base do aterro;
3. Execução do aterro;
4. Implantação de sistema de drenagem superficial (canaletas, descidas d’água, etc);
5. Implantação de cobertura vegetal ou artificial.
- CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO
1. Certificar que a geometria de execução está de acordo com o projeto;
2. Altura da escavação até o solo de fundação;
3. Espessura da camada compactada (20 cm);
4. Largura e inclinação dos taludes;
5. Cota, largura e inclinação das bermas.
- PROPRIEDADES
1. Geralmente é associado a obras de controle de drenagem superficial e de proteção superficial, de modo a reduzir a infiltração d’água no terreno e disciplinar e escoamento superficial, inibindo os processos erosivos;
2. Inviável quando o espaço é escasso ou a vegetação não pode ser retirada;
3. Devem ser previstas canaletas de coleta e escadas hidráulicas para descarte de água;
4. O recobrimento vegetal evita a erosão;
5. Um caso especial é a construção, no pé do talude, de uma berma, que é uma bancada de terra estabilizada e compactada, que além de diminuir a inclinação do talude, funcionará adicionalmente como uma obra de arrimo;
6. Áreas retaludadas ficam frágeis em virtude da exposição de novas áreas cortadas, razão pela qual o projeto de retaludamento deve incluir, indispensavelmente, proteção do talude alterado através de revestimentos naturais ou artificiais associados a um sistema de drenagem eficiente;
7. Área de empréstimo: local de onde o solo será removido para o aterro. Tem-se aí um problema multidisciplinar, pois existem os aspectos: econômico (distância de transporte e valor da propriedade onde se executará as escavações), licença ambiental (quando couber) e o geotécnico (adequação dos solos a serem explorados para o aterro desejado);
- MATERIAIS UTILIZADOS
• Somente o solo
REFERÊNCIAS
NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA:
• ABNT NBR 8044 – Projetos geotécnicos;
• ABNT NBR 11682 – Estabilidade de Encostas;
• ABNT NBR 6122 – Projeto e Execução de Fundações;
• ABNT NBR 9288 – Emprego de aterros reforçados.
OUTRAS REFERÊNCIAS:
•Estabilidade de taludes. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/59124569/13/%E2%80%93-Retaludamento
•Norma Ambiental Valec n° 11 – Levantamento Anual e Recuperação do Passivo Ambiental. 2002. Documento não publicado, disponível em: http://siscom.ibama.gov.br/licenciamento_ambiental/Ferrovias/Ferrovia%20Norte-Sul/EIA/Anexo/NAVA%2011%20-%20PassivoAmbiental-ve r-06.pdf
•Talude Seguro. Revista Téchne, edição 83. Editora Pini, São Paulo, Fevereiro de 2004.
•Junior, Dirceu Menezes M. Taludes de Rodovias. Disponível em: pt.scribd.com/doc/24909907/18/-Retaludamento