Bloco Cerâmico

Bloco cerâmico

BLOCO CERÂMICO


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CONCEITO

Bastante utilizado devido à rápida absorção de umidade dos ambientes internos para o lado externo, que é evaporada pelo sol.

 

TIPOS/MODELOS

1. Tijolo comum (maciço): a matéria-prima da fabricação do tijolo é a argila misturada com terra arenosa. A cor do tijolo varia com a qualidade da argila usada, sendo mais encontrada a cor vermelho-amarelado;

2. Tijolo laminado: semelhante ao tijolo comum, tendo massa mais homogênea e compacta. Possui vinte e um furos cilíndricos, normais às faces maiores. Os furos evitam que esse tijolo, devido à massa compacta, tenha um peso excessivo sobre os outros tijolos;

3. Tijolo refratário: são produtos de cozimento de argilas refratárias;

4. Tijolo furado: produtos laminados ou extrudados, apresentando na parte externa uma série de rachaduras, e no seu interior, furos na forma de prismas. Apresenta a forma de um paralelepípedo retangular, com dimensões variáveis;

5. Tijolo baiano: é parecido com o tijolo furado, mas os furos são redondos e a espessura entre os furos é maior;

6. Tijolo solo-cimento: feito de barro cozido e possui encaixes.

 

MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA

A execução é praticamente igual para todos os tipos de tijolos:

1. Espalhar a massa obedecendo a demarcação, e assentar um tijolo em cada extremidade tomando como referência o escantilhão (escantilhão consiste em uma régua de madeira com o comprimento do pé-direito);

2. Estender uma linha pela aresta superior dos tijolos já assentados, do lado da futura face da parede, prendendo as pontas por baixo dos mesmos;

3. Complementar a primeira fiada com tijolos inteiros;

4. Iniciar a segunda fiada com meio tijolo;

5. Assentar a segunda fiada deixando um intervalo na parte central do painel;

6. Repetir sucessivamente a primeira e a segunda fiada, levantando prumadas, e aumentando sucessivamente o intervalo central (iniciado na segunda fiada);

7. Prosseguir até 12 fiadas nas extremidades, deixando na parte central assentada somente a primeira fiada;

8. Executadas as prumadas, voltar e completar a segunda fiada, obedecendo as demarcações e distorcendo os tijolos a fim de se obter um pano de parede perfeitamente plano, vertical e com fiadas em nível;

9. Prosseguir repetindo as fiadas até o respaldo;

10. Fazer o encunhamento:

• Consiste em preencher o vão entre a última fiada de tijolos e a viga superior;

• Feita com tijolos, colocados em pé ou inclinados, totalmente pressionados com argamassa;

• O encunhamento só pode ser feito com tijolos de barro, exceto em alvenaria de blocos de concreto aparente;

• Se o encunhamento não puder ser feito com tijolos de barro, faz-se o assentamento da última fiada com argamassa expansora.

11. Raspas e rebordas e fazer a limpeza.

 

CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO

1. Antes do assentamento o tijolo deve ser molhado, eliminando a camada de pó que envolve o tijolo e facilitando sua aderência e impede também a absorção pelo tijolo da umidade da argamassa;

2. Perfeito prumo na disposição das diversas fiadas;

3. Desencontro das juntas para que a amarração seja perfeita, evitando-se a soleira (sobreposição de juntas);

4. Nível das diversas fiadas;

5. A espessura das juntas deve ser de no máximo 1,5 cm;

6. Saliências maiores que 4 cm devem ser preenchidas com os próprios tijolos da alvenaria, sendo vetado o uso da argamassa;

7. Não cortar o tijolo para formar a espessura da parede;

8. Paredes que repousam sobre vigas contínuas devem ser levantadas simultaneamente, não tendo mais de 1 m de diferença de altura entre elas;

9. Não construir paredes inferiores a meio-tijolo;

10. Não executar paredes de meio-tijolo com comprimento maior que 5 m;

11. Vãos situados diretamente sobre o solo levarão vergas no caso de portas e vergas e contravergas no caso de janelas;

12. Para lajes de concreto armado apoiadas em alvenaria, deverá ser construída no respaldo, juntamente com a laje, uma cinta de concreto armado;

13. Cargas concentradas, como vigas, não deverão apoiar-se diretamente na alvenaria, mas sim em coxins de concreto armado.

 

PROPRIEDADES

1. É grande a variação de propriedades dos tijolos cerâmicos e cozidos, dependendo da constituição, do processo de moldagem e cozimento;

2. A absorção de água depende da compactação, das constituintes iniciais, do acabamento, etc. Mas em geral, o tijolo absorve bastante umidade;

3. São mais resistentes quanto mais homogênea, fina e cerrada a granulação, e quanto melhor o cozimento;

4. A resistência mecânica depende muito da quantidade de água usada na moldagem. O excesso de água lava as partículas menores, que mais facilmente fundirão para formar o vidrado;

5. Não necessita de mão-de-obra muito qualificada.

 

MATERIAIS UTILIZADOS

• Tijolo comum (maciço);

• Tijolo laminado;

• Tijolo refratário;

• Tijolo furado;

• Tijolo baiano;

• Tijolo solo-cimento;

Concreto (cimento, brita, areia, água, aditivos).

 


 

REFERÊNCIAS
• ABNT NBR 15270 – Blocos Cerâmicos para Alvenaria de Vedação;
• ABNT NBR 07170 – Tijolo Maciço para Alvenaria;
• ABNT NBR 5711 – Tijolo Modular de Barro;
• ABNT NBR 6460 – Tijolo Maciço Cerâmico para Alvenaria;
• ABNT NBR 6461 – Bloco Cerâmico para Alvenaria;
• ABNT NBR 10834 – Bloco Vazado de Solo-Cimento sem Função Estrutural.

 

OUTRAS REFERÊCNIAS:
• LIBRELOTTO, Lisiane Ilha. Apostila de Tecnologia das Edificações II, Universidade Federal de Santa Catarina – Departamento de Arquitetura e Urbanismo. 2010. (Documento não publicado).
• Propriedades das Cerâmicas. Documento não publicado, disponível em: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/Ceramicos/propriedades.html